Renascer, ressurgir e recriar quantas vezes forem necessárias.
Essa talvez seja a frase que consiga ou chegue mais perto do significado do quinto título mundial do Sada/Cruzeiro.
O penta foi completamente diferente dos 4 anteriores.
Primeiro porque o Sada/Cruzeiro não era o favorito. Aliás, nem cotado para disputar a final, sendo bem honesto.
Segundo porque o time que começou o Mundial não deu sinais nos dois jogos iniciais que conseguiria sobreviver, muito menos bater de frente com os gigantes italianos.
Mas esporte é apaixonante, surpreendente e tem suas peculiaridades.
Ou não?
Essa história com certeza você já viu em outras ocasiões pelo mundo afora.
O Trentino, o mesmo que disputou a decisão, teve nas mãos a possibilidade de liquidar o Sada/Cruzeiro e tirar definitivamente o time brasileiro do caminho na fase de classificação.
Mas o que fez Fabio Soli?
O técnico decidiu poupar Michieletto, Lavia e Sbertoli, ou seja, metade do time titular.
Não se negocia no esporte: ou você elimina ou é eliminado.
É fato que o Sada/Cruzeiro contaria com a sorte e o comprometimento do Ciudad, da Argentina.
Fabio Soli talvez não conheça ou não conhecia o combustível que move o projeto do Sada/Cruzeiro.
Uma sede por títulos e uma fome por conquistas insaciável.
O Trentino, campeão da Champions League, pode ter camisa e tradição.
Mas o Sada/Cruzeiro não fica atrás.
Quando o tema é decisão o grupo simplesmente se transforma e encara qualquer um.
Nunca duvide do improvável, exatamente o desenho que o cenário apontou no começo do Mundial.
Não existem limites para quem acredita e busca aquilo que almeja, o único obstáculo do limite do homem é ele próprio, é aquilo que ele pensa e tudo começa na mente.
Nesse aspecto não há time no mundo melhor preparado que o Sada/Cruzeiro que insiste em superar os momentos de adversidade e se agiganta na pressão.
A final foi assim.
Um time brilhantemente orientado taticamente, disciplinado, corajoso, agressivo e atuando com responsabilidade de quem veste a camisa mais pesada do mundo.
O Trentino não resistiu e foi aceitando passivamente a superioridade do Sada/Cruzeiro.
E completo.
Flávio reviveu os tempos de Minas quando deitava para o rival.
E quer saber?
Ninguém resistiria.
O Trentino foi acumulando erros na partida, mas o maior deles foi ter de certa forma menosprezado e desperdiçado a chance de acabar com o Sada/Cruzeiro dias antes.
?É preciso renascer sempre, porém, tem que saber renascer.
E não subestime.
Jamais.
Uma das grande qualidades do projeto é surpreender.