A divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) gerou reações no mercado financeiro, especialmente no que diz respeito à Selic e aos riscos inflacionários.
O documento antevê um ajuste de 1 ponto percentual na Selic e reitera preocupações com a inflação. A Ibovespa Futuro, por exemplo, apresentou queda em resposta à ata.
Para Luis Cezario, economista-chefe da Asset 1, a análise detalhada da atividade econômica foi o ponto mais relevante da ata.
"Achei a análise ponderada, e com a preocupação de desfazer a percepção de parte do mercado de que a inclusão do risco de uma desaceleração mais acentuada da atividade como um risco baixista para a inflação seria um sinal de que o Copom estaria preparando uma guinada mais "dovish" para a política monetária." concluiu Luis Cezario.
Cezario destaca que a ata foi clara em seu diagnóstico: após dados econômicos mais fortes, o comitê identificou sinais incipientes de desaceleração em setores sensíveis ao crédito.
"Com a política monetária bastante contracionista, acho que é legítimo que o Copom passe a se preocupar com a intensidade da desaceleração como um risco de baixa para a inflação. Mesmo assim, esclareceu que não vê evidências de desaceleração abrupta e que o balanço de riscos para a inflação segue assimétrico para cima." explicou o economista.
A análise do Copom considera o impacto da política monetária contracionista e os riscos de uma desaceleração mais acentuada da atividade econômica. A avaliação do comitê aponta para a necessidade de cautela na condução da política monetária, considerando os desafios inflacionários e os impactos na atividade econômica.
O mercado financeiro reagiu com cautela à ata do Copom, refletindo a complexidade do cenário econômico atual e a incerteza quanto à trajetória da Selic e da inflação no Brasil. A situação internacional, com o conflito comercial entre Estados Unidos e China, também contribui para a volatilidade do mercado.
A publicação da ata demonstra a preocupação do Copom com o controle da inflação, enquanto tenta evitar uma desaceleração econômica excessiva. O balanço entre esses dois objetivos apresenta um desafio significativo para a condução da política monetária brasileira em 2025.
*Reportagem produzida com auxílio de IA