Redação 
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), discordou publicamente de uma declaração dada pelo presidente Lula (PT) sobre a possibilidade de redução de preços de alimentos. Lula havia sugerido que a população poderia diminuir seus gastos com comida evitando produtos caros.
Em postagem no Instagram, Zema qualificou a sugestão presidencial como "lorota econômica".
"Café reaproveitado e desculpas esfarrapadas são difíceis de engolir. Quando o bolso do brasileiro aperta surgem as ideias mais absurdas. E você, qual foi a maior lorota econômica que ouviu por aí?" concluiu o governador mineiro.
A declaração de Zema gerou repercussão, somando-se às críticas de outros políticos da oposição ao governo Lula.
Essa não foi a primeira vez que Romeu Zema criticou o governo Lula. No mês anterior, ele havia se manifestado contrariamente aos vetos presidenciais a um projeto de lei sobre o pagamento de dívidas estaduais.
Zema argumentou que os vetos prejudicam Minas Gerais, que possui R$ 157,7 bilhões em dívidas, e ameaçou não participar do programa caso os cortes não sejam revertidos no Congresso. Ele afirmou que a austeridade deveria "partir de cima", referindo-se ao governo federal.
Em resposta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acusou Zema de aumentar seu próprio salário em 298% enquanto Minas Gerais estava em regime de recuperação fiscal. Lula, por sua vez, chamou o governador mineiro de "ingrato", juntamente com outros governadores de estados com altos débitos com a União.
As críticas de Romeu Zema ao governo Lula refletem um crescente mal-estar entre o governo federal e alguns governadores estaduais, especialmente aqueles alinhados com a oposição.
A tensão entre o governo federal e governadores como Romeu Zema demonstra a polarização política que caracteriza o cenário brasileiro contemporâneo.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
