A França, mais especificamente a cidade de Lyon, tem gerado controvérsia com a utilização de recursos públicos em cursos de formação para funcionários da administração pública.
Esses cursos visam ensinar os funcionários como lidar com os interesses de "não humanos", incluindo plantas e animais, em decisões políticas locais.
O jornal Le Figaro noticiou a polêmica, destacando o financiamento de cursos para promover o "diálogo" interespécies com o objetivo de preservar os interesses dos seres vivos não humanos.
"O paganismo de adoração da natureza entra sutilmente sem que percebam"
Ricardo Felício
A justificativa oficial é incluir "não-humanos" em uma espécie de "assembleia temporária", onde humanos e não humanos discutiriam diretrizes políticas. Este método, considerado por alguns como uma forma de paganismo moderno, envolve a representação de seres não humanos por humanos.
Um dos cursos, ministrado pela associação Lichen, recebeu 3.000 de verbas públicas. A associação Lichen inclui, entre seus membros, plantas e animais. Segundo a associação, o objetivo é experimentar novos métodos de governança inspirados em sistemas biológicos.
Laurence Croizier, membro da assembleia municipal de Lyon, criticou o gasto público com esses cursos, argumentando haver prioridades mais urgentes. Ele declarou: "Tenho a mente aberta, mas criticou o gasto de dinheiro público com esta sandice, quando há outras prioridades em jogo."
Apesar das críticas, Chloé Vidal, vice-presidente da Câmara de Lyon, defendeu os cursos, alegando serem essenciais para garantir a "habitabilidade de todos os operadores do território". Ela ainda defendeu a proposta, atacando os críticos, acusando-os de negacionismo.
Gautier Chapuis, deputado responsável pela biodiversidade, também apoiou os cursos, afirmando que o investimento foi bem aplicado, uma vez que treinou agentes em técnicas inovadoras. Ele tentou minimizar as críticas, alegando que o investimento se justifica por meio de novas técnicas inovadoras, argumentando que a história toda saiu do contexto.
A iniciativa tem sido criticada por muitos como uma demonstração de insanidade e delírio, representando uma mistura de esoterismo e paganismo moderno.
O caso expõe a influência crescente de ideologias ambientalistas em políticas públicas, levantando questionamentos sobre o uso de recursos públicos e a priorização de diferentes agendas.
O debate envolve a alocação de recursos públicos e as prioridades políticas da cidade de Lyon, assim como os limites do ambientalismo e sua crescente influência na governança pública.
*Reportagem produzida com auxílio de IA