Descubra: Brasileiro troca diploma por emprego em meio à crise

Estudo revela mudança de prioridades em classes sociais brasileiras.

Descubra: Brasileiro troca diploma por emprego em meio à crise

Uma pesquisa recente encomendada pelo jornal O Globo e realizada pelo Quaest, divulgada em 16 de fevereiro de 2025, aponta uma mudança significativa na percepção do trabalho entre os brasileiros. Em meio ao aumento nos preços de produtos básicos, a prioridade mudou: ter um emprego, qualquer que seja, tornou-se mais importante do que seguir a trajetória acadêmica.

O estudo revela que a importância da graduação diminuiu em todas as classes sociais. Entre os brasileiros de baixa renda, 84% consideram mais importante ter um emprego que lhes permita pagar as contas, independentemente da área de atuação. Nas classes média e alta, essa percepção também se destaca, com 77% e 71% dos entrevistados, respectivamente, compartilhando da mesma opinião.

Embora a busca por um diploma universitário ainda seja relevante para a construção de uma carreira profissional, a pesquisa mostra uma mudança de perspectiva. Na classe baixa, 58% concordam que um diploma é importante, enquanto esse número cai para 52% tanto na classe média quanto na alta.

Os dados sugerem um aumento do empreendedorismo e uma nova visão de trabalho entre, especialmente, a geração Z, que busca novas formas de trabalho fora dos tradicionais caminhos acadêmicos.

A pesquisa também analisou a situação habitacional. Na classe baixa, 56% dos entrevistados moram em imóveis próprios, enquanto 29% residem em imóveis alugados. Nas classes média e alta, a porcentagem de moradores em casas próprias aumenta significativamente, chegando a 59% e 58%, respectivamente.

O estudo abrangeu diversos outros aspectos da sociedade brasileira, incluindo opiniões sobre privatizações e o papel do Estado. Cerca de 58% da classe baixa acredita que empresas estatais como Correios, Caixa Econômica Federal, e Petrobras devem permanecer sob administração governamental. Nas classes média e alta, esse índice cai para 54% e 53%, respectivamente.

Em todas as classes sociais, a saúde foi apontada como o maior desejo, seguida pela felicidade familiar. Ter uma casa própria aparece em terceiro lugar nas prioridades. No entanto, a violência e a criminalidade seguem como as maiores preocupações em todos os grupos sociais. Para a classe baixa, a fome e a miséria também se destacam. Já as classes média e alta citam a corrupção como uma das maiores preocupações.

Para os brasileiros da classe alta, a corrupção é considerada a maior desvantagem de morar no Brasil (21% das respostas). Para as classes média e baixa, a insegurança pública e a violência são os principais problemas.

*Reportagem produzida com auxílio de IA