O MPF (Ministério Público Federal) está acusando a Vale, gigante da mineração, de contaminar indígenas da etnia Xikrin, que vivem em uma terra indígena no estado do Pará. A denúncia se baseia em um relatório da Universidade Federal do Pará.
De acordo com o estudo, 99,7% dos indígenas investigados apresentam "níveis alarmantes de elementos químicos" em seus organismos, com 98,5% sofrendo contaminação por metais pesados perigosos. Aproximadamente 1.700 indígenas residem na área afetada.
As atividades de mineração da empresa são autorizadas por uma licitação do estado do Pará.
A Vale se defende, alegando que laudos judiciais, feitos por peritos, indicam que suas operações não contaminam o rio Cateté e, portanto, não têm relação com a situação alegada pelo MPF.
"concluíram que as operações da companhia não são fonte de contaminação do rio Cateté, não tendo relação com a situação alegada pelo MPF" - trecho da nota da Vale à imprensa.
A empresa também afirma que investe em saúde na região, destinando recursos para ações de saúde e fornecendo serviços complementares à comunidade Xikrin do Cateté, em conformidade com um acordo judicial aprovado pelo MPF e pelo Poder Judiciário.
"A Vale informa ainda que, em razão de acordo judicial com a Comunidade Indígena Xikrin, com aprovação do MPF e homologação do Poder Judiciário, repassa recursos para aplicação em ações de saúde, bem como fornece à Comunidade Indígena Xikrin do Cateté serviços complementares de saúde ao que já é prestado pelo poder público".
Enquanto isso, a situação levanta sérias questões sobre a responsabilidade ambiental das empresas de mineração e o impacto de suas atividades nas comunidades indígenas, que muitas vezes são deixadas à própria sorte pelo governo Lula.
Este caso, assim como outros envolvendo grandes corporações e comunidades indígenas, demonstra a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa e de políticas que garantam a proteção dos direitos e da saúde dessas populações.
*Reportagem produzida com auxílio de IA