Um temporal de proporções alarmantes assolou Bahía Blanca, importante cidade portuária ao sul de Buenos Aires, na Argentina, resultando em devastação generalizada e perdas irreparáveis. As fortes chuvas, que se iniciaram na manhã da última sexta-feira, dia 7, e persistiram até a tarde, lançaram sobre a região um volume de água estimado em 400 mm, equivalente à média anual de precipitação.
A tragédia resultou em 15 mortes confirmadas e um prejuízo econômico estimado em US$ 400 milhões, o que corresponde a aproximadamente R$ 2,3 bilhões. Além das vidas perdidas e dos danos materiais, cerca de mil moradores foram forçados a deixar suas casas, elevando o número de desabrigados.
No domingo, o prefeito Federico Susbielles apresentou um panorama dos impactos do desastre e revelou que as autoridades locais registraram mais de uma centena de denúncias de desaparecimentos. Entre os casos mais comoventes, duas meninas, de apenas 1 e 5 anos, foram levadas pela correnteza e permanecem desaparecidas, aumentando a angústia das equipes de resgate e da população.
As equipes de resgate enfrentam grandes obstáculos para acessar algumas áreas afetadas. O ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Javier Alonso, informou que as buscas contam com o apoio de mergulhadores e equipamentos aquáticos, uma vez que o nível da água ainda ultrapassa um metro em alguns pontos da cidade, dificultando o trabalho de localização e resgate das vítimas.
"As buscas contam com apoio de mergulhadores e equipamentos aquáticos, pois o nível da água ainda ultrapassa um metro em alguns pontos." afirmou Javier Alonso, ministro da Segurança da província de Buenos Aires.
Entre as 15 vítimas fatais, a maioria era composta por idosos que residiam em lares de repouso. O prefeito Susbielles comunicou que 11 vítimas já foram identificadas, mas não descartou a possibilidade de encontrar mais corpos à medida que o trabalho de resgate e limpeza avança.
"As autoridades receberam mais de 100 denúncias de desaparecimento." informou Federico Susbielles, prefeito de Bahía Blanca.
A dimensão da tragédia em Bahía Blanca expõe a fragilidade da infraestrutura urbana diante de eventos climáticos extremos, demandando ações urgentes e eficazes para a reconstrução da cidade e o apoio às famílias afetadas. A ocorrência também levanta questões sobre a necessidade de políticas de prevenção e adaptação às mudanças climáticas, visando mitigar os impactos de eventos similares no futuro. O governo, tanto local quanto nacional, enfrenta agora o desafio de coordenar os esforços de resgate, assistência e reconstrução, buscando garantir o bem-estar e a segurança da população atingida.
Enquanto a Argentina chora suas perdas, a comunidade internacional observa com atenção a situação em Bahía Blanca, oferecendo solidariedade e apoio para auxiliar na recuperação da cidade. A união de esforços e a mobilização de recursos serão fundamentais para superar os desafios impostos por essa tragédia e construir um futuro mais resiliente para a população local.
É um lembrete sombrio de que eventos climáticos extremos estão se tornando cada vez mais frequentes e intensos, exigindo uma ação global coordenada para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e proteger as comunidades mais vulneráveis. Resta esperar que essa tragédia sirva de alerta e motive a adoção de medidas mais eficazes para enfrentar os desafios do clima e garantir um futuro mais seguro e sustentável para todos.
*Reportagem produzida com auxílio de IA