Redação 
A crise de energia elétrica em Cuba se intensifica, com a população enfrentando mais um dia de instabilidade no fornecimento nesta terça-feira, 11 de março. A empresa estatal responsável pelo serviço relatou que o sistema ficou comprometido por 24 horas, evidenciando a gravidade da situação.
Segundo estimativas da estatal, a demanda por energia elétrica nos horários de pico chega a quase o dobro da capacidade de oferta.
"Estima-se uma disponibilidade máxima de 1.860 MW e uma demanda máxima de 3.200 MW para o pico, resultando em um déficit de 1.340 MW", informa a estatal.
Relatos sobre a falta de eletricidade no país são frequentes. O site Cubadebate, um canal de informação alinhado ao governo comunista, tem divulgado notas sobre a instabilidade do serviço desde 2021.
A Agência Internacional de Energia aponta que 95% da eletricidade em Cuba provém de fontes não renováveis, com o país dependendo principalmente de petróleo (83%) e gás natural (12%).
Em 2022, o abastecimento cubano foi de aproximadamente 1 MWh por habitante, um número significativamente inferior ao consumo médio no Brasil (2,7 MWh) no mesmo período. Além disso, a oferta de eletricidade para os cubanos nesse ano foi a menor em 23 anos, refletindo a deterioração da infraestrutura e a ineficiência do regime comunista.
Essa dependência de fontes não renováveis e a inabilidade do governo em modernizar o setor energético são fatores que perpetuam a crise. Enquanto isso, a população cubana continua a sofrer com os apagões e a escassez de energia, um reflexo da má gestão e da falta de investimentos em infraestrutura.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
