Brasileiros residentes no exterior estão organizando manifestações em diversas cidades ao redor do mundo para exigir anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Os protestos, que ocorrerão em países como Estados Unidos, Inglaterra, Itália, Suíça, Espanha, Portugal, Canadá e França, visam pressionar por uma revisão das punições consideradas severas. A iniciativa busca dar visibilidade internacional à causa e demonstrar apoio aos manifestantes no Brasil.
As manifestações, marcadas para os dias 15 e 16 de março, acontecerão em locais emblemáticos como a Times Square em Nova York, a Casa Branca em Washington D.C., e a Parliament Square Garden em Londres. A escolha estratégica desses locais tem como objetivo atrair a atenção da mídia internacional e sensibilizar a opinião pública sobre a situação política no Brasil. A expectativa é que os protestos reúnam um grande número de participantes, incluindo brasileiros e simpatizantes da causa.
A organização dos atos está sendo liderada por membros engajados da comunidade brasileira no exterior, que desde 2018 expressam apoio ao ex-presidente Bolsonaro. A mobilização reflete uma crescente preocupação com o que consideram ser uma perseguição política e uma violação dos direitos dos manifestantes. A comparação com os protestos no Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro de 2021, tem sido utilizada para destacar o que percebem como uma disparidade no tratamento dado aos manifestantes em ambos os casos.
O movimento tem despertado o interesse de políticos norte-americanos, incluindo o deputado federal Chris Smith e os senadores Rick Scott e Maria Elvira Salazar, que acompanham de perto os desdobramentos da situação política no Brasil. O apoio de figuras políticas influentes nos EUA pode aumentar a pressão sobre o governo brasileiro e abrir caminho para um diálogo sobre a questão da anistia. A atenção internacional para o caso pode influenciar as decisões do STF e de Alexandre de Morais, frequentemente criticados por suas decisões.
"Vamos estar aqui no exterior dando o pontapé inicial na manifestação, mostrando a nossa indignação também, exigindo anistia já" afirmou Larissa, uma das organizadoras do movimento.
A iniciativa dos brasileiros no exterior demonstra a polarização política que ainda divide o país, mesmo após a eleição de Lula. O engajamento da diáspora brasileira em questões políticas internas reflete um crescente interesse em influenciar os rumos do país e defender os valores que consideram importantes. A mobilização global em prol da anistia é um exemplo claro desse fenômeno, que pode ter um impacto significativo no debate político brasileiro.
A comparação feita por Larissa entre os eventos no Brasil e os protestos no Capitólio ressalta a percepção de muitos brasileiros no exterior de que há uma diferença no tratamento dado aos manifestantes em ambos os casos. Essa visão tem contribuído para o engajamento da comunidade brasileira na defesa da causa da anistia e para a busca de apoio internacional para o movimento.
"Os americanos aqui não entendem essa arbitrariedade" afirmou Larissa, ao comparar a situação ao que ocorreu nos protestos no Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
A articulação dos protestos em diversas cidades do mundo demonstra a capacidade de organização e mobilização da comunidade brasileira no exterior. A utilização de redes sociais e plataformas online tem facilitado a comunicação e a coordenação das ações, permitindo que os manifestantes se conectem e compartilhem informações em tempo real. Essa articulação global pode fortalecer o movimento e aumentar a pressão sobre as autoridades brasileiras.
*Reportagem produzida com auxílio de IA