O ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, e sua esposa, Nadine Heredia, foram condenados a 15 anos de prisão pela justiça peruana. A condenação é resultado de investigações que revelaram o recebimento de US$ 3 milhões da Odebrecht e US$ 200 mil de Hugo Chávez para financiar campanhas presidenciais.
Humala, que governou o Peru de 2011 a 2016, já havia sido preso em 2017 durante as investigações. O ex-diretor da Odebrecht no Peru afirmou que as doações a Humala foram feitas a pedido do PT, partido de Lula. Ilán Heredia, irmão de Nadine, também foi condenado a 12 anos de prisão.
Após a condenação, Humala foi detido e levado à prisão. Nadine, que não compareceu à audiência, teve uma ordem de prisão expedida contra ela. Além da prisão, Humala foi multado em 10 milhões de soles, aproximadamente R$ 15,7 milhões.
Nadine foi acusada de atuar ativamente no Partido Nacionalista Peruano, fundado por Humala, e de participar na arrecadação de fundos. Ela nega qualquer envolvimento ilícito. A defesa de Humala classificou a sentença como "excessiva", alegando que os promotores não conseguiram provar a origem ilegal dos fundos.
Este caso traz à tona a Convenção de Caracas, que regulamenta o asilo diplomático. A convenção estabelece que o asilo pode ser concedido por embaixadas a indivíduos perseguidos por razões políticas, em situações urgentes e pelo tempo necessário para garantir a saída segura do asilado para outro país.
A Convenção de Caracas proíbe a concessão de asilo a pessoas processadas ou condenadas por crimes comuns, a não ser que a motivação tenha clara natureza política.
"A defesa de Humala classificou a sentença como 'excessiva' e afirmou que os promotores não conseguiram provar a origem ilegal dos fundos."
Este episódio envolvendo o ex-presidente Ollanta Humala e sua esposa Nadine Heredia ressalta a importância da transparência e da responsabilização na política, expondo as ligações perigosas entre políticos e empreiteiras corruptas, como a Odebrecht.
*Reportagem produzida com auxílio de IA