Protesto de caminhoneiros no Canadá bloqueia ponte mais movimentada na fronteira com os EUA

A ponte liga as cidades de Detroit, nos Estados Unidos, e Windsor, no Canadá

Protesto de caminhoneiros no Canadá bloqueia ponte mais movimentada na fronteira com os EUA

Milhares de caminhoneiros pedindo mais liberdade para viagens entre o Canadá e os Estados Unidos bloquearam a Ambassador Bridge, principal ligação rodoviária entre os dois países, por mais de 24 horas.

A ponte liga as cidades de Detroit, nos Estados Unidos, e Windsor, no Canadá. O bloqueio realizado pelos caminhoneiros no local começou à meia noite de segunda-feira, com liberação parcial do tráfego na terça-feira.

Os caminhoneiros decidiram bloquear a ponte por sentirem que não estão sendo ouvidos pelo governo canadense. Esse bloqueio pode ter um efeito bem maior para o Canadá, devido à interrupção do tráfego de cargas entre os dois países, do que os protestos realizados na capital, Ottawa.

A perda esperada com o bloqueio superar os US$ 400 milhões em 24 horas, já que mais de 75% da economia canadense é movida em caminhões. Estimativas apontam uma média diária de 10 mil caminhões cruzando a ponte.

Os caminhoneiros canadenses iniciaram um protesto há 14 dias, viajando por diversas estradas até se concentrarem na capital, Ottawa. Eles pedem o afrouxamento nas regras do passaporte sanitário, exigido para a entrada no Canadá.

Caminhoneiros que não tenham tomado a vacina contra o covid-19 podem ficar retidos, em quarentena, por até 15 dias, inviabilizando o transporte de muitos tipos de cargas.

Com a chegada à capital, os caminhoneiros passaram a receber apoio da população do país, que tem realizado doações de alimentos, água e combustíveis aos motoristas, que enfrentam temperaturas negativas com os caminhões parados.

Com o crescimento da movimentação no Canadá, entidades ligadas ao transporte nos Estados Unidos também está planejando realizar protestos semelhantes, podendo chega à capital, Washington.

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