O recente reajuste no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em transações com moedas estrangeiras já está gerando repercussão negativa entre turistas e empresas do setor de viagens. A medida, implementada pelo governo Lula, aumenta a carga tributária sobre a aquisição de moedas e o uso de cartões internacionais no exterior.
A Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) estima que o preço final dos pacotes de viagens internacionais pode aumentar entre 2% e 3%. Essa elevação ocorre em um momento de instabilidade econômica, conforme apontam especialistas do setor.
Especialistas financeiros recomendam que os turistas busquem alternativas para mitigar o impacto do aumento do IOF, como reduzir a duração das viagens, optar por acomodações mais econômicas e controlar os gastos com compras.
Empresas como Wise e Nomad já estão aplicando a nova alíquota de 3,5% em compras com cartão, aquisição de moedas estrangeiras e transferências internacionais. O aumento também se aplica a remessas enviadas ao exterior.
"Virou uma crise de insegurança. Isso afeta tudo, economia e finanças. A pior situação é a falta de previsibilidade." disse Aldo Leone, CEO da Agaxtur.
A Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) alerta que o reajuste pode encarecer viagens já agendadas, pois o IOF maior incide sobre remessas feitas pelas agências aos fornecedores internacionais. Marcelo Oliveira, assessor jurídico da entidade, sugere que as agências revisem os contratos e informem os clientes sobre possíveis cobranças extras.
"Medida impacta especialmente quem já tinha planejado viagens para destinos como Disney e Europa. Muita gente financiou essas viagens e será diretamente prejudicada." disse Marcos Arbaitman, presidente da Maringá Turismo.
Diante desse cenário, o setor de viagens se prepara para um período de adaptação, buscando estratégias para minimizar os impactos negativos do aumento do IOF e manter a competitividade no mercado.
*Reportagem produzida com auxílio de IA