PF Investiga Desvios Bilionários no INSS: Impacto no Governo Lula?

Operação Sem Desconto apura fraudes de R$ 6,3 bilhões e pesquisa revela percepções sobre responsabilidade.

PF Investiga Desvios Bilionários no INSS: Impacto no Governo Lula?

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 4, a quarta fase da Operação Sem Desconto, com o objetivo de investigar entidades suspeitas de envolvimento em fraudes contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A operação apura descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões, com desvios que podem alcançar R$ 6,3 bilhões acumulados em cinco anos.

As ações desta fase tiveram como alvos a Associação de Proteção e Defesa dos Direitos dos Aposentados e Pensionistas (APDAP PREV) e a Universo Associação dos Aposentados e Pensionistas dos Regimes Geral da Previdência Social (AAPPS Universo), ambas já investigadas anteriormente.

Mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Sergipe e cumpridos nas cidades de Indiaroba e Umbaúba. O objetivo é localizar bens vinculados aos investigados para recuperar recursos públicos desviados e reduzir os prejuízos aos cofres federais.

A investigação, iniciada em abril, identificou cobranças de mensalidades associativas diretamente nos proventos dos beneficiários do INSS, sem o devido consentimento. Na etapa inicial, a PF apreendeu veículos de luxo em Sergipe.

Em paralelo, uma pesquisa da Quaest revelou que 31% dos brasileiros atribuem ao governo Lula a responsabilidade pelas fraudes no INSS, enquanto apenas 8% responsabilizam o governo do ex-presidente Bolsonaro.

Entre os eleitores de Lula no segundo turno de 2022, as opiniões se mostram divididas, com parte deles culpando tanto o governo atual quanto a gestão anterior. Já os eleitores de Bolsonaro responsabilizam majoritariamente o governo petista.

Os números gerais da pesquisa apontam que, além dos já citados, 14% culpam o próprio INSS, 8% as entidades que fraudaram assinaturas de aposentados, e 1% os aposentados que não conferiram os descontos. Outros 12% apontam outros responsáveis, e 26% não souberam ou não responderam.

*Reportagem produzida com auxílio de IA