Campinas: Prefeito Saadi na Mira da Justiça Eleitoral!

MPE pede cassação por suposto abuso de poder em campanha

Campinas: Prefeito Saadi na Mira da Justiça Eleitoral!

O Ministério Público Eleitoral de São Paulo (MP-SP) solicitou à 33ª Zona Eleitoral a cassação da diplomação e a declaração de inelegibilidade do prefeito de Campinas, Dário Jorge Giolo Saadi (Republicanos). O pedido é resultado de uma ação que apura suposto abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral de 2024.

A coligação "Campinas - Uma Cidade Para Todos", liderada por Rafael Zimbaldi (Cidadania), moveu a ação contra Saadi, seu vice, Wanderley de Almeida, o vereador Felipe Batista Marchesi, e representantes da empresa Benassi Comércio de Hortifrutigranjeiros Ltda.

O promotor eleitoral Guilherme Athayde Ribeiro Franco argumenta que a campanha de Saadi utilizou bens e espaços públicos para fins eleitorais, obtendo vantagem na disputa, o que é proibido por lei.

O principal ponto da acusação é a utilização do "Centro Dia do Idoso", um equipamento municipal, para a gravação de um vídeo com conteúdo eleitoral, que foi publicado nas redes sociais do então candidato à reeleição. A lei eleitoral proíbe o uso de bens públicos para beneficiar campanhas.

"confesso o candidato que esteve no local, deixou-se fotografar e filmar com alguns idosos e funcionários; com eles interagiu, publicou na sua rede social Instagram imagem e vídeo, em tom de campanha política e pedido de voto" afirma o promotor.

Outro ponto investigado foi a distribuição de material à imprensa sobre a possível mudança da sede da Câmara Municipal para o Palácio da Justiça. No entanto, o Ministério Público não considerou que essa ação configurou abuso de poder.

A visita à empresa Benassi, onde Saadi teria discursado para funcionários em horário de expediente, também foi analisada. O promotor não encontrou evidências de coerção ou uso de recursos da empresa para fins eleitorais.

Em resposta, Saadi declarou que a ação é antiga e que a Justiça Eleitoral já decidiu a seu favor em outro processo, entendendo que a suposta infração seria passível, no máximo, de multa. O prefeito se mostrou confiante na resolução do caso.

"trata-se de uma ação do período eleitoral que constava de cinco pontos e o próprio MP não aceitou quatro pontos e só questionou um vídeo", disse Saadi.

O Ministério Público pede a cassação do diploma de Saadi, sua inelegibilidade por oito anos, a remoção do vídeo das redes sociais e aplicação de multa. O caso agora será julgado pela Justiça Eleitoral.

"não se pode permitir que a máquina administrativa seja usada para reforçar ou alavancar campanha eleitoral de quem quer que seja", conclui o promotor.

*Reportagem produzida com auxílio de IA