A Braskem, gigante do setor petroquímico, está no centro de intensas negociações após receber uma proposta de aquisição de um fundo ligado a Tanure. A empresa divulgou um comunicado confirmando a proposta, que inclui etapas como due diligence e negociações com credores e acionistas.
A notícia gerou forte reação no mercado financeiro, impulsionando as ações da Braskem no Ibovespa, que registraram alta de até 11%. A Petrobras, detentora de 47% das ações com direito a voto, avalia a proposta em meio a um cenário de incertezas e oportunidades.
A CEO da Petrobras, Magda Chambriard, sinalizou uma possível mudança na gestão da Braskem, mostrando abertura para uma solução que destrave o futuro da empresa.
"não é o que queremos" - Magda Chambriard, CEO da Petrobras.
Em contrapartida, Tanure busca fortalecer o papel da Petrobras na operação, visando uma parceria estratégica que beneficie ambas as partes.
Apesar do otimismo, a possível aquisição da Braskem por Tanure levanta questionamentos no mercado. O histórico de reestruturações controversas do empresário, como nos casos da Light e Prio, gera cautela entre os investidores. No entanto, Tanure enxerga na Braskem uma oportunidade de transformar o polo de Camaçari (BA) em um centro de petroquímicos sustentáveis, atraindo investidores da "economia verde".
Analistas financeiros alertam para os riscos envolvidos na operação. A Braskem enfrenta uma dívida líquida de US$ 6,6 bilhões, o que exige uma análise cuidadosa da capacidade de Tanure em reestruturar a empresa. Além disso, pairam dúvidas sobre a futura governança da Braskem e a proteção dos acionistas minoritários em caso de venda do controle.
A novela da Braskem segue com capítulos incertos, mas com a promessa de impactar o cenário econômico e industrial do país. A Petrobras, como acionista majoritária, tem a responsabilidade de avaliar cuidadosamente os riscos e oportunidades, buscando uma solução que garanta o futuro da empresa e a proteção dos investidores.
*Reportagem produzida com auxílio de IA