Redação 
Neste domingo (2 de fevereiro de 2025), militares israelenses realizaram uma operação militar no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia ocupada, resultando na destruição de diversos edifícios.
Segundo informações da agência de notícias estatal palestina, cerca de 20 edifícios foram destruídos durante a operação. Imagens divulgadas mostram múltiplas explosões simultâneas e densas nuvens de fumaça pairando sobre a cidade.
O Exército israelense justificou a operação alegando que o objetivo era atingir combatentes militantes palestinos e apreender armas e explosivos. A instituição afirmou que 23 estruturas foram 'desmontadas' após a descoberta de laboratórios de explosivos, armas e postos de observação. Imagens divulgadas pelas Forças Armadas de Israel mostram armas, munição e o que parecem ser recipientes de gás, embora a localização exata onde as fotos foram tiradas não tenha sido divulgada.
"Parte do hospital foi danificada nas explosões, mas não houve vítimas."
disse o diretor do Hospital Governamental de Jenin, Wisam Baker, à agência de notícias estatal palestina.
O campo de refugiados de Jenin, densamente povoado e com uma história de atividade militante, abriga descendentes de palestinos expulsos ou fugidos durante a guerra de 1948. A área tem sido palco de repetidos ataques das forças de segurança israelenses, gerando frequente tensão na região.
Esta operação militar israelense, apoiada por helicópteros e escavadeiras blindadas, intensifica o conflito na região. A ação começou em 21 de janeiro, dois dias após o cessar-fogo em Gaza entre Israel e o Hamas, demonstrando o foco contínuo de Israel na luta contra grupos militantes.
A Agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA) estima que quase 20.000 moradores do campo de Jenin foram deslocados nos últimos dois meses devido à escalada de violência. O grupo militante Hamas pediu uma "escalada na resistência" contra Israel em resposta à operação em Jenin.
A Autoridade Palestina, que possui controle limitado sobre a Cisjordânia, onde residem cerca de 3 milhões de palestinos, enfrenta o desafio de lidar com as consequências desta e de outras operações militares israelenses na região, onde Israel mantém controle militar geral.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não se pronunciou publicamente sobre o evento até o momento. As ações em Jenin destacam a complexidade e a gravidade do conflito entre Israel e a Palestina.
A situação em Cisjordânia permanece tensa, com preocupação internacional crescente diante da escalada de violência.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
