A visita do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky à Casa Branca resultou em um confronto com Donald Trump, dividindo os republicanos e colocando em risco a aprovação de ajuda adicional para a Ucrânia.
O desentendimento gerou críticas severas, inclusive de aliados de Trump, que consideraram a postura de Zelensky desrespeitosa. O senador Lindsey Graham expressou sua indignação após a reunião.
"O que vi no Salão Oval foi desrespeitoso, e não sei se poderemos voltar a fazer negócios com Zelensky." disse Graham.
Graham chegou a sugerir que Zelensky renuncie ou mude sua abordagem para viabilizar futuras negociações. A declaração expõe a fragilidade do apoio a Kiev em um momento crítico da guerra contra a Rússia.
"Ou ele precisa renunciar e enviar alguém com quem possamos fazer negócios, ou precisa mudar." afirmou o senador da Carolina do Sul.
Outros republicanos também manifestaram seu descontentamento. O senador Bill Hagerty, ex-embaixador no Japão, ressaltou que os Estados Unidos não devem ser dados como garantidos. Trump, mantendo sua postura pragmática, parece disposto a reavaliar o apoio à Ucrânia sob novas condições.
Apesar do clima de tensão, alguns republicanos defenderam a continuidade do auxílio à Ucrânia. O representante Mike Lawler lamentou a "oportunidade perdida" de fortalecer a cooperação entre os países. Já o deputado Don Bacon reafirmou o compromisso com a liberdade e o apoio à Ucrânia contra a Rússia.
Este cenário turbulento em Washington ocorre em um momento delicado para a Ucrânia, que busca desesperadamente recursos para se defender da agressão russa. A postura de Zelensky e a divisão entre os republicanos podem ter consequências significativas para o futuro do conflito.
A situação levanta questões sobre o futuro do envolvimento dos EUA na guerra e a capacidade de Zelensky de manter o apoio de importantes aliados. A ala mais conservadora do Partido Republicano, influenciada por Trump, endureceu o discurso e demonstra menos disposição em aprovar novos pacotes de ajuda sem garantias de que os recursos serão utilizados de forma eficiente e alinhada aos interesses americanos.
A crise expõe a crescente polarização na política americana e o desafio de construir consensos em torno de questões de política externa, especialmente em um ano de eleições presidenciais. A novela Ucrânia-EUA continua, com desdobramentos imprevisíveis para a segurança global e o futuro da Ucrânia.
*Reportagem produzida com auxílio de IA