Em um movimento que chama a atenção para a crescente volatilidade dos mercados financeiros globais, famílias bilionárias recentemente venderam aproximadamente US$ 7 bilhões em ações. A ação, segundo especialistas, reflete uma busca por diversificação em meio a um cenário econômico incerto, especialmente com as políticas de Donald Trump influenciando o mercado.
A dinastia Agnelli, da Itália, liderou as vendas ao anunciar a alienação de uma fatia de 3 bilhões de euros na Ferrari. O objetivo declarado é redirecionar seus investimentos para além do setor de supercarros. A família Reimann também seguiu o exemplo, vendendo ações da Keurig Dr Pepper e arrecadando cerca de US$ 2,5 bilhões.
Outras famílias notáveis também participaram dessa onda de vendas. A família fundadora da Lego vendeu 1,5 bilhão de coroas em ações da ISS, uma empresa de serviços de escritório. Já o clã Rupert, da África do Sul, vendeu toda a sua participação na British American Tobacco, embolsando aproximadamente US$ 1,4 bilhão.
Essas famílias, que juntas detêm um patrimônio líquido de US$ 75 bilhões, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg, estão claramente buscando reduzir sua exposição a ativos específicos em um momento de incerteza econômica global.
John Elkann, CEO da Exor, o veículo de investimento dos Agnellis, justificou a decisão:
"A transação nos permitirá reduzir nossa concentração e melhorar a diversificação." disse John Elkann.
Essa estratégia de diversificação não é incomum entre famílias ricas. A venda de ativos permite que elas atendam a necessidades de liquidez e planejem seu patrimônio, direcionando recursos para áreas como private equity, imóveis e filantropia.
A Bloomberg aponta que as vendas ocorrem em um contexto de crescente preocupação com a volatilidade dos mercados. As políticas de Donald Trump, como a ameaça de restabelecer tarifas comerciais, têm gerado instabilidade e impactado o mercado de ações americano.
No caso da Exor, a venda de parte de sua participação na Ferrari tem um objetivo claro: financiar uma aquisição considerável e recompras de ações. As ações da Ferrari, que se valorizaram significativamente desde sua oferta pública inicial em 2015, tornaram-se o principal ativo da Exor.
Além da Ferrari, a Exor mantém investimentos em empresas como Stellantis, CNH Industrial e Juventus. A decisão de reduzir sua participação na montadora italiana reflete uma estratégia de adaptação a um cenário econômico global em constante mudança, visando mitigar os riscos associados a mercados voláteis.
*Reportagem produzida com auxílio de IA