A prefeitura de Washington DC anunciou a remoção do mural "Black Lives Matter", que estava presente na cidade há quase cinco anos. A decisão ocorre em meio a pressões de políticos republicanos e do governo Donald Trump, que sempre se opuseram ao movimento..

A medida faz parte de um projeto mais amplo para celebrar os 250 anos da capital dos Estados Unidos em 2025, conforme declarado pela prefeita Muriel Bowser..

A remoção do mural veio à tona após o deputado republicano da Geórgia, Andrew Clyde, apresentar um projeto de lei que ameaçava cortar o financiamento para o transporte público caso a inscrição não fosse removida e a praça renomeada. A prefeita, reagindo à pressão, justificou a decisão, afirmando que a cidade não pode se dar ao luxo de ser distraída por "interferências congressionais sem sentido"..

"O mural inspirou milhões de pessoas e ajudou nossa cidade a passar por um período muito doloroso, mas agora não podemos nos dar ao luxo de sermos distraídos por interferências congressionais sem sentido." afirmou a democrata em suas redes sociais.

Em entrevista à NBC, Muriel Bowser confirmou que a decisão foi discutida com a Casa Branca, admitindo o descontentamento de membros do governo com o mural, embora tenha reforçado que a ideia de reformar a praça já estava em andamento antes das ameaças de perda de financiamento..

Paralelamente, Trump exigiu que a administração de Washington DC removesse acampamentos de moradores de rua, especialmente aqueles próximos ao Departamento de Estado e à Casa Branca, alegando a necessidade de tornar a capital "limpa e segura"..

"Notificamos a prefeita de Washington DC para limpar todos os acampamentos feios de moradores de rua na cidade, especificamente incluindo aqueles fora do Departamento de Estado e perto da Casa Branca. Se ela não for capaz de fazer isso, seremos forçados a fazer isso por ela! Washington, DC deve se tornar LIMPA e SEGURA! Queremos nos orgulhar de nossa Grande Capital novamente." escreveu Trump em suas redes sociais.

A atitude de Trump reflete uma postura firme contra pautas identitárias e movimentos que, segundo conservadores, promovem divisão e vitimização. A remoção do mural e dos acampamentos sinaliza uma mudança na prioridade da administração local, alinhando-se mais com as diretrizes do governo federal e as demandas de seus eleitores..

O caso de Washington DC ecoa um debate já visto em outras cidades americanas, como Chicago, onde uma inscrição semelhante foi apagada e substituída pela frase "all lives matter", evidenciando a crítica de que o movimento BLM seria racista ao privilegiar um grupo racial em detrimento de outros..

*Reportagem produzida com auxílio de IA.