Um balde de água fria nas pretensões da esquerda: A confirmação da pauta conservadora de Bolsonaro

As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades. (Millôr Fernandes).

Um balde de água fria nas pretensões da esquerda: A confirmação da pauta conservadora de Bolsonaro

"O Globo" publicou o resultado de uma pesquisa feita pelo Instituto da Democracia (IDDC-INCT) que se chama "A cara da democracia". A mencionada consulta tem a pretensão de mapear a cabeça do eleitor brasileiro.

"A pesquisa entrevistou presencialmente 2.538 eleitores em 201 cidades em todas as regiões do país entre os dias 4 e 16 de junho, e foi financiada pelo CNPq e Fapemig, com margem de erro total de 1,9 ponto percentual, e índice de confiança de 95%".

Os institutos de pesquisa, segundo a divulgação dos jornais do "consórcio de imprensa", capitaneados pelo Datafolha, afirmam sempre que os brasileiros elegerão Lula e, portanto, são majoritariamente de "esquerda". Mas, para o desgosto e decepção desses articulistas, o resultado da pesquisa afirma:

"Na autodeclaração dos entrevistados a partir de grupos em uma escala de 1 a 10, a direita hoje representa praticamente o dobro da esquerda (30% a 16%), e os temas polêmicos refletem essa divisão".

Isso mesmo: o dobro! O dobro de brasileiros preferem as pautas da direita. É o que você leu e o que disse a pesquisa feita pelos pesquisadores responsáveis pelo levantamento, ligados às universidades UFMG, Unicamp, UnB e Uerj.

E as surpresas não param por aí:

"... Opiniões majoritariamente de direita, conservadoras ou "linha-dura" — cada vez menos envergonhadas — convivem, pontualmente, com visões de mundo mais vinculadas à esquerda, aos direitos humanos ou à diversidade."

Isto é, a pesquisa constatou que os brasileiros conservadores perderam a vergonha e agora, com Bolsonaro na Presidência, têm orgulho do conservadorismo que sempre expressaram através do voto.

E mais espanto, claro, susto dos "canhotas":

- "Na redução da maioridade penal (no geral, 70% a favor e 25% contra), tanto homens (74%) quanto mulheres (67%) têm percentuais semelhantes em prol de punições para infratores menores de idade.

- Recorte por renda, com 68% a favor (até dois salários mínimos), 72% (dois a cinco) e 74% (mais de cinco), o que configura um tema de amplo apoio popular.

O mesmo ocorre sobre a legalização do aborto, com recortes de sexo e renda rejeitando a medida sem variações.

É a pauta bolsonarista sendo afirmada e confirmada.

A pesquisa mostra ainda os novos valores e a consciência e a precaução dos brasileiros com alguns temas progressistas:

"Adoção de crianças por casais do mesmo sexo: - Após os anos sob Bolsonaro, 39% contra e 56% a favor.

- A militarização das escolas públicas: amplo apoio no Centro-Oeste (68%) e menos no Sudeste (52%), o que mostra a força da pauta vinculada à direita.

- O casamento civil de pessoas do mesmo sexo demonstra mais simpatia entre entrevistados (49% a favor e 44% contra)."

Reafirma-se em quase todos os temas a pauta vencedora de Bolsonaro.

Se tudo é como afirma a pesquisa, então quem está numa sinuca de bico é Lula e seus acólitos e não Bolsonaro, pois Lula precisa que seus estrategistas descubram uma fórmula mágica que responda à pergunta abaixo:

- "Como vencer Bolsonaro se as pesquisas de opinião dizem que existem apenas uma parte dos eleitores se declaram de esquerda"?

O "consórcio de imprensa" imaginou, durante 3 anos e meio, que batendo em Bolsonaro e divulgando e reproduzindo as pesquisas do Datafolha, todos os dias, pelos jornais, tevês, rádio, blogs, articulistas, analistas, tudo se resolveria, a "verdade" das esquerdas se transformaria em vontade popular.

Não contavam com a resiliência dos conservadores.

Espantados, olham a pesquisa chamada "A cara da democracia" e verificam que sua estratégia suja não deu certo. Verificam que não podem contestar, pois a consulta foi realizada pelos pesquisadores da UFMG, Unicamp, UnB e Uerj, todos vermelhinhos, vermelhinhos.

E elas desmentem, sem piedade, as teses que a esquerda divulga todos os dias. E desmentem ainda com mais vigor o que dizem as pesquisas feitas pela maioria dos Institutos de pesquisa brasileiros, contratados a peso de ouro pelos interessados em enganar o povo brasileiro.

A pesquisa demonstra ainda, claramente, que 59% dos brasileiros disseram preferirem a democracia a qualquer outra forma de governo, enquanto 15% afirmam que, "em algumas circunstâncias, uma ditadura pode ser preferível".

Um balde de água geladíssima nas pretensões das esquerdas.

- link para pesquisa: http://glo.bo/3usTiI5



Carlos Sampaio

Professor. Pós-graduação em "Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual". Universidade Federal do Amazonas (UFAM)