Alcolumbre recebeu R$ 2 milhões em esquema de rachadinha, diz revista

quema de rachadinha, diz revista Seis mulheres contam que foram contratadas com salários de até R$ 14 mil, mas tinham de devolver a maior parte dos vencimentos

Michael Melo/ Metrópoles

Michael Melo/ Metrópoles

Seis mulheres denunciam o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), em entrevistas à revista Veja, de promover rachadinha em seu gabinete, em um esquema que teria desviado ao menos R$ 2 milhões.

Marina Santos, Érica Castro, Lilian Braga, Jessyca Pires, Larissa Braga e Adriana Almeida são moradoras do Entorno do Distrito Federal e foram contratadas como assessoras do senador amapaense. Entretanto, nunca trabalharam, segundo a revista.

Alcolumbre é ex-presidente do Senado e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

O esquema teria começado em 2016. As mulheres tinham vencimentos mensais entre R$ 4 mil e R$ 14 mil, mas devolviam boa parte do montante ao gabinete de Alcolumbre.

"O senador me disse assim: "Eu te ajudo e você me ajuda". Estava desempregada. Meu salário era mais de R$ 14?mil, mas topei receber apenas R$ 1.350. A única orientação era para que eu não dissesse para ninguém que tinha sido contratada pelo Senado", contou a diarista Marina Ramos Brito dos Santos.

A estudante Érica Almeida Castro também tinha salário de R$ 14 mil, mas, segundo ela, ficava apenas com R$ 900.

"Eles ficavam até com a gratificação natalina. Na época, eu precisava muito desse dinheiro. Hoje, tenho vergonha disso", relatou a estudante.