Casa Rosa: 40% dos diagnósticos de câncer de mama em pacientes abaixo de 50 anos não seriam detectados fora do projeto

Dr. Victor Rocha defende a redução da faixa etária para o rastreamento da doença

Catellin Rodrigues, 23 anos - paciente da Casa Rosa, diagnosticada com câncer de mama

Catellin Rodrigues, 23 anos - paciente da Casa Rosa, diagnosticada com câncer de mama

O vereador e médico mastologista, Dr. Victor Rocha faz um alerta sobre 40 casos de câncer de mama através do projeto Casa Rosa que foram diagnosticados em mulheres com menos de 50 anos, contrariando o que preconiza o Ministério da Saúde.

Segundo recomendações atuais do Ministério da Saúde, toda mulher entre 50 e 69 anos deve procurar uma Unidade Básica de Saúde para realizar mamografia de rastreamento a cada dois anos.

O câncer de mama é o câncer mais comum na mulher e o que apresenta a maior mortalidade. Serão 73.610 casos novos de câncer de mama no Brasil em 2023, sendo que desse total, 17.825 virão a óbito, segundo Instituto do Câncer (INCA,2023). O diagnóstico precoce proporciona o tratamento em tempo hábil e a redução da mortalidade.

Para o médico da Casa Rosa, Dr. Victor Rocha a redução da idade do rastreamento é fundamental para garantir o acesso ao diagnóstico e tratamento ao câncer de mama. "A mamografia é o exame capaz de identificar alterações suspeitas de câncer antes do surgimento dos sintomas, ou seja, antes que seja palpável. Através do projeto Casa Rosa atendemos uma paciente com 23 anos (Catellin Rodrigues) que foi diagnosticada com câncer de mama. Se tivesse pela fila do Sistema de Regulação do SUS, essa paciente poderia ter tido a situação agravada, podendo vir até a óbito".

As diretrizes da Sociedade Brasileira de Mastologia para a redução da mortalidade para o rastreamento, diagnóstico e tratamento do câncer de mamas são o caminho para a mudança desse quadro.

Das 104 pacientes diagnosticadas com câncer de mama por meio da Casa Rosa, três possuem de 20 a 29 anos; 15 pacientes possuem de 30 a 39 anos e 21 pacientes possuem menos de 50 anos. "Já defendi no Ministério da Saúde a redução da faixa etária para a realização da mamografia pelo SUS. Tanto que a Casa Rosa é a prova de que o diagnóstico de 40% dos casos de câncer de mama, poderiam não ser diagnosticados se estivessem na fila do SisReg", argumentou Dr. Victor Rocha.

Segundo dados do Observatório de Oncologia publicado em fevereiro de 2023, aqui no Mato Grosso do Sul, o tempo médio até o diagnóstico de câncer de mama, entre os anos de 2015 e 2020, de 63% dos casos aconteceu em até 30 dias.

"O Projeto Casa Rosa proporciona consulta e exames no mesmo local. Já zerou a fila de espera em consulta em mastologia no SUS em Campo Grande e 35 municípios. Também zerou a fila de punções e biópsias, além de proporcionar o diagnóstico do câncer de mama em 14 dias. Portanto, é possível reduzir o tempo de espera por diagnóstico e consequentemente agilizar o início do tratamento", avaliou Dr. Victor Rocha.

Casa Rosa em números: foram realizados mais de 5,4 mil atendimentos (entre primeira consulta e retorno), tendo diagnosticado 104 casos de câncer de mama, onde todas as pacientes já foram encaminhadas para o devido tratamento. Também foram realizadas 974 mamografias; 1918 ultrassonografias e 869 biópsias.

Texto e Foto: Assessoria de Imprensa

Vereador Dr. Victor Rocha

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